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Peça feita artesanalmente;
Pintado à mão;
Capacete reprodução (pintado à mão);
Tamanho do quadro 40x30cm;
Fabricado por NOS RASTROS DA HISTÓRIA
 
O Stalag Luft III, localizado em Sagan (atual Żagań, Polônia), era um campo de prisioneiros de guerra sob administração da Luftwaffe, destinado principalmente a oficiais aliados da aviação capturados em combate. Diferente de outros campos controlados pelo Exército ou pela SS, a presença da Luftwaffe visava garantir um tratamento minimamente compatível com a Convenção de Genebra, já que os prisioneiros eram, em sua maioria, pilotos e tripulantes de bombardeiros. Os guardas do campo eram soldados da própria Luftwaffe, muitas vezes provenientes de unidades de artilharia antiaérea (Flak) ou de guarnições de retaguarda, que eram deslocados para funções de vigilância. Essa particularidade dava ao campo uma atmosfera distinta, com relações relativamente menos tensas entre prisioneiros e alguns oficiais alemães, embora ainda houvesse disciplina rígida e punições severas em caso de fuga.
 
A Luftwaffe desempenhou um papel crucial não apenas na segurança, mas também na estrutura administrativa do campo. Oficiais da força aérea alemã estavam encarregados da organização interna, da comunicação com a Cruz Vermelha e da supervisão geral dos prisioneiros. No entanto, apesar dessa fachada de “correção militar”, o Stalag Luft III também foi palco de resistência organizada dos prisioneiros, culminando na famosa “Grande Fuga” de março de 1944. Após esse episódio, a Luftwaffe foi pressionada pela Gestapo e pelo Alto Comando nazista, resultando em execuções sumárias de dezenas de fugitivos recapturados, revelando o limite entre a disciplina militar da Luftwaffe e a brutalidade do regime. Esse contraste transformou o campo em um símbolo da tensão entre dever militar, convenções de guerra e a violência sistêmica do nazismo.