
As Cruzadas foram uma série de expedições militares cristãs que ocorreram entre os séculos XI e XIII, com o objetivo principal de retomar a Terra Santa (Jerusalém e região circundante) das mãos dos muçulmanos. As Cruzadas foram um dos eventos mais significativos da Idade Média, tendo impactado profundamente a Europa e o Oriente Médio.
As ordens religiosas que participaram das Cruzadas desempenharam um papel importante nessas expedições. As duas principais ordens militares que participaram foram a Ordem dos Cavaleiros Templários e a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários (também conhecida como Ordem de São João). Ambas foram fundadas no início do século XII, especificamente para proteger os peregrinos cristãos que visitavam a Terra Santa.
Os Cavaleiros Templários eram conhecidos por seu treinamento e habilidade em batalha, bem como por sua riqueza e influência. Eles foram os primeiros a estabelecer um sistema bancário europeu, que permitia aos peregrinos depositar dinheiro na Europa e retirá-lo na Terra Santa. Além disso, eles foram os principais responsáveis pela construção de fortificações ao redor de Jerusalém, o que ajudou a proteger a cidade de futuros ataques.
Já os Cavaleiros Hospitalários se concentraram mais na assistência médica aos peregrinos, fundando hospitais em toda a Terra Santa para cuidar dos doentes e feridos. Eles também tinham habilidades militares e foram frequentemente chamados para lutar nas batalhas contra os muçulmanos.

Outras ordens religiosas que participaram das Cruzadas incluíam os Cavaleiros Teutônicos e a Ordem de Calatrava, que atuavam principalmente na defesa da Europa contra as invasões muçulmanas.
As ordens religiosas desempenharam um papel importante nas Cruzadas, pois forneceram proteção e assistência médica aos peregrinos, bem como treinamento e habilidades militares para as batalhas. Além disso, a riqueza e influência dessas ordens ajudaram a financiar as Cruzadas e a construir fortificações que protegeram a Terra Santa de futuros ataques.
No entanto, as Cruzadas também tiveram consequências negativas, como a violência e o derramamento de sangue entre cristãos e muçulmanos, bem como a disseminação de doenças e a destruição de cidades e vilas. Apesar disso, as Cruzadas ainda são consideradas um evento importante na história da Europa e do Oriente Médio, tendo influenciado a política e a cultura dessas regiões por muitos anos.
Entre as oito grandes Cruzadas, várias ordens militares participaram de forma significativa. Aqui está uma lista das principais ordens militares que participaram das cruzadas:
Ordem dos Templários (também conhecida como Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão)
A Ordem dos Templários foi uma das mais famosas e influentes ordens militares da Idade Média. Ela foi fundada em Jerusalém em 1118 por um grupo de cavaleiros franceses liderados por Hugues de Payens, com o objetivo de proteger os peregrinos cristãos que visitavam a Terra Santa.

Os Templários rapidamente se tornaram uma das ordens militares mais poderosas e ricas da Europa, graças ao apoio do papa e dos reis europeus, que doavam terras e dinheiro à ordem. A ordem se expandiu rapidamente, estabelecendo capítulos em toda a Europa, e seus membros participaram ativamente das Cruzadas, lutando ao lado dos exércitos cristãos na Terra Santa.
Os Templários foram famosos por sua disciplina, habilidade militar e coragem em batalha. Eles também foram responsáveis por inovações militares, como o uso de cavalaria pesada e a criação de fortificações avançadas para proteger os territórios cristãos na Terra Santa.
No entanto, a ordem também foi objeto de inveja e suspeita, especialmente por parte dos reis europeus, que viam a riqueza e o poder dos Templários como uma ameaça à sua autoridade. Em 1307, o rei francês Filipe IV o Belo, que estava endividado com a ordem, iniciou uma campanha para desacreditar os Templários e acusá-los de heresia e outros crimes.
O papa Clemente V cedeu à pressão de Filipe e dissolveu a ordem em 1312. Muitos dos seus membros foram presos, torturados e executados, e suas propriedades foram confiscadas. No entanto, a reputação dos Templários sobreviveu, e a ordem se tornou um objeto de fascínio e mistério ao longo dos séculos, inspirando mitos e lendas que persistem até hoje.
Ordem dos Hospitalários (também conhecida como Ordem de São João de Jerusalém, Ordem de Malta ou Ordem de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta)
A Ordem dos Hospitalários, também conhecida como Ordem de São João de Jerusalém, Ordem de Malta ou simplesmente Ordem de Hospitalários, é uma ordem religiosa e militar que teve um papel importante nas Cruzadas e na história europeia.
A ordem foi fundada no século XI, durante a Primeira Cruzada, como uma organização dedicada a cuidar dos peregrinos cristãos que visitavam a Terra Santa. Inicialmente, a ordem se concentrava em prestar assistência médica e hospitalar aos peregrinos doentes e feridos, mas com o tempo ela também se tornou uma ordem militar.

Durante as Cruzadas, os Hospitalários lutaram ao lado dos outros cavaleiros cristãos contra os muçulmanos, defendendo os lugares sagrados da cristandade na Terra Santa. Eles foram particularmente importantes na defesa da cidade de Acre, que foi sitiada pelos muçulmanos durante a Terceira Cruzada.
Após a queda de Acre em 1291, a Ordem dos Hospitalários mudou sua sede para a ilha de Rodes e depois para Malta, onde estabeleceu um estado soberano que existiu até o século XIX. Durante esse tempo, a ordem se dedicou a proteger o Mediterrâneo dos ataques dos piratas muçulmanos, além de prestar assistência médica e hospitalar aos doentes e feridos.
Atualmente, a Ordem dos Hospitalários ainda existe como uma ordem religiosa e humanitária, dedicada a prestar assistência médica e hospitalar em todo o mundo. A ordem também é conhecida por suas atividades de caridade e ajuda humanitária em áreas afetadas por conflitos e desastres naturais.
Ordem Teutônica (também conhecida como Ordem dos Cavaleiros Teutônicos)
A Ordem dos Teutônicos, também conhecida como Ordem dos Irmãos da Milícia de Cristo de São Maria de Jerusalém, é uma ordem religiosa e militar que foi fundada no final do século XII, durante a Terceira Cruzada. A ordem surgiu como uma organização para ajudar os cristãos que se deslocavam para a Terra Santa durante as Cruzadas.
Inicialmente, a Ordem dos Teutônicos se dedicava principalmente à assistência hospitalar aos cristãos que chegavam à Terra Santa. No entanto, no final do século XII, a ordem começou a se militarizar e a participar ativamente das Cruzadas, lutando ao lado dos outros cavaleiros cristãos contra os muçulmanos.

A Ordem dos Teutônicos teve um papel importante nas Cruzadas, especialmente na região do Báltico, onde lutou contra os pagãos da Prússia, Livônia e Estônia. A ordem conquistou grandes territórios na região do Báltico e estabeleceu um estado teutônico que existiu até o século XV.
Após o fim das Cruzadas, a Ordem dos Teutônicos continuou a existir como uma ordem religiosa e militar, embora seu papel militar tenha diminuído com o tempo. A ordem sobreviveu até o século XIX, quando foi dissolvida durante as reformas napoleônicas. Hoje em dia, a Ordem dos Teutônicos ainda existe como uma ordem honorífica, concedendo honrarias e prêmios a pessoas que se destacam em áreas como a caridade, a cultura e a religião.
Ordem dos Cavaleiros de São Lázaro
A Ordem de São Lázaro é uma ordem militar e hospitalar que tem suas origens no final do século XI, durante as Cruzadas. Acredita-se que a ordem tenha sido fundada por cruzados franceses que estabeleceram um hospital em Jaffa, uma cidade localizada na atual Israel, para tratar de doentes e feridos que participaram da Primeira Cruzada.
Inicialmente, a ordem era composta principalmente por cavaleiros que se dedicavam a cuidar dos doentes e feridos que chegavam ao hospital. Com o tempo, a ordem se tornou mais militarizada e passou a participar ativamente das Cruzadas, lutando ao lado dos outros cavaleiros cristãos contra os muçulmanos.

Durante as Cruzadas, a Ordem de São Lázaro foi reconhecida por sua bravura e dedicação, e recebeu várias doações e privilégios de monarcas europeus. Depois da queda de Acre, em 1291, que marcou o fim das Cruzadas, a ordem sobreviveu como uma ordem de cavalaria e hospitalar.
A Ordem de São Lázaro continuou a existir ao longo dos séculos seguintes, embora sua influência tenha diminuído. Hoje em dia, a ordem ainda existe e tem um papel mais simbólico do que militar ou hospitalar. Seu objetivo principal é preservar a história e a tradição da ordem, além de promover a caridade e ajudar os necessitados.
Ordem dos Cavaleiros de São Tomé de Acre
A Ordem dos Cavaleiros de São Tomé de Acre foi uma ordem militar fundada em 1844, em Paris, por um grupo de nobres franceses com o objetivo de defender a Terra Santa e os cristãos na região.
O nome da ordem faz referência à cidade de Acre, na Palestina, que foi um importante centro de poder durante a Idade Média e que havia sido recentemente reconquistada pelos egípcios. São Tomé é o santo padroeiro da cidade de Acre.

A ordem tinha um caráter ecumênico, aceitando membros de todas as religiões, desde que fossem cristãos. Seus membros eram chamados de "cavaleiros" e eram organizados em diferentes graus, como em outras ordens militares tradicionais.
Apesar de ter sido fundada em um contexto de grande interesse europeu pela Terra Santa, a Ordem dos Cavaleiros de São Tomé de Acre não teve um papel significativo nos eventos históricos da região. A ordem sobreviveu por algumas décadas e foi extinta no final do século XIX.
Hoje em dia, algumas organizações afirmam serem herdeiras da Ordem dos Cavaleiros de São Tomé de Acre, mas essas alegações são questionadas por historiadores.
Ordem dos Cavaleiros de Santiago
Ordem de Saint James (também conhecida como Ordem de Santiago) é outra ordem militar que participou das Cruzadas. A ordem foi fundada no século XII, durante a reconquista cristã da Península Ibérica, com o objetivo de defender os cristãos que viviam na região contra os mouros.
No início, a ordem era composta principalmente por cavaleiros que lutavam na Península Ibérica, mas no século XIII a ordem expandiu suas operações para outras regiões, como o norte da África e o Oriente Médio, onde participaram das Cruzadas.

Durante as Cruzadas, os cavaleiros da Ordem de Saint James lutaram em várias batalhas importantes, incluindo a Batalha de Las Navas de Tolosa, em 1212, que foi uma vitória decisiva dos cristãos contra os muçulmanos na Península Ibérica. A ordem também participou do cerco de Alcácer do Sal, em Portugal, em 1217, e da tomada de Córdoba, em 1236.
Após a queda de Acre, em 1291, que marcou o fim das Cruzadas, a Ordem de Saint James continuou a existir como uma ordem militar e, mais tarde, como uma ordem honorífica. Hoje em dia, a ordem ainda existe como uma instituição honorífica na Espanha e em outros países, concedendo honras e prêmios a pessoas que se destacam em áreas como a cultura, a ciência e a caridade.
Ordem dos Cavaleiros de Calatrava
A Ordem de Calatrava foi uma ordem religiosa e militar fundada no século XII, durante a Reconquista espanhola, e não teve um papel significativo nas Cruzadas.
A ordem foi fundada em 1158 pelo abade Raymond de Fitero, com o objetivo de proteger a região de Calatrava dos ataques muçulmanos. A ordem foi reconhecida pelo Papa Alexandre III em 1164 e rapidamente se expandiu por toda a Espanha, assumindo um papel importante na luta contra os muçulmanos durante a Reconquista.

Embora a Ordem de Calatrava não tenha participado diretamente das Cruzadas, ela fazia parte da vasta rede de ordens militares que se espalhava por toda a Europa durante a Idade Média. A ordem adotou as mesmas regras e costumes das outras ordens militares, como os Templários e os Hospitalários, e foi modelada segundo seus moldes.
Ao longo dos séculos, a Ordem de Calatrava desempenhou um papel importante na história da Espanha, lutando em várias batalhas durante a Reconquista e depois durante a Guerra de Independência espanhola no início do século XIX. Atualmente, a ordem ainda existe como uma ordem honorífica, concedendo honrarias e prêmios a pessoas que se destacam em áreas como a caridade, a cultura e a religião.
Ordem dos Cavaleiros de Alcântara
Assim como a Ordem de Calatrava, a Ordem de Alcántara foi fundada durante a Reconquista espanhola e não teve um papel significativo nas Cruzadas.
A Ordem de Alcántara foi fundada em 1166, na região de Alcántara, na Espanha, com o objetivo de proteger a região dos ataques muçulmanos. A ordem foi inicialmente composta por cavaleiros que haviam lutado na reconquista de Toledo, liderados por São Pedro de Alcántara.
Assim como as outras ordens militares da época, a Ordem de Alcántara tinha um caráter religioso e militar. Os cavaleiros da ordem faziam votos de pobreza, castidade e obediência, e lutavam contra os muçulmanos para proteger os territórios cristãos.

Ao longo dos séculos, a Ordem de Alcántara desempenhou um papel importante na história da Espanha, lutando em várias batalhas durante a Reconquista e depois durante a Guerra de Independência espanhola no início do século XIX. Atualmente, a ordem ainda existe como uma ordem honorífica, concedendo honrarias e prêmios a pessoas que se destacam em áreas como a caridade, a cultura e a religião.
Ordem dos Cavaleiros do Santo Sepulcro de Jerusalém
A Ordem do Santo Sepulcro é uma ordem militar e religiosa que teve um papel importante nas Cruzadas, especialmente na proteção dos lugares santos da cristandade na Terra Santa. A ordem foi fundada no século XI, durante a Primeira Cruzada, para proteger a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém.
Os membros da Ordem do Santo Sepulcro eram conhecidos como cavaleiros do Santo Sepulcro e eram responsáveis por proteger os cristãos e os lugares sagrados da Terra Santa. Durante as Cruzadas, eles lutaram ao lado dos outros cavaleiros cristãos contra os muçulmanos, incluindo nas batalhas de Antioquia, Jerusalém e Acre.

Além de sua função militar, a Ordem do Santo Sepulcro também tinha uma função religiosa importante. Os cavaleiros da ordem eram responsáveis por proteger os lugares sagrados da cristandade na Terra Santa, incluindo a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém, que é considerada o local da crucificação e ressurreição de Jesus Cristo.
Após a queda de Acre, em 1291, que marcou o fim das Cruzadas, a Ordem do Santo Sepulcro continuou a existir como uma ordem religiosa, dedicada à proteção dos lugares sagrados da Terra Santa. Atualmente, a ordem é uma instituição católica romana que concede honrarias e títulos honoríficos a pessoas que se destacam em sua dedicação à Igreja Católica e à Terra Santa. A Ordem do Santo Sepulcro é também uma importante organização de caridade que apoia projetos educacionais, culturais e humanitários na Terra Santa.
Ordem dos Cavaleiros da Espada (também conhecida como Ordem dos Cavaleiros da Livônia)
A Ordem dos Cavaleiros da Espada, também conhecida como Ordem dos Cavaleiros da Livônia, foi uma ordem militar cristã fundada em 1202, durante a Cruzada Livoniana, que teve como objetivo converter os povos bálticos pagãos ao cristianismo e expandir o domínio da cristandade na região.
A ordem foi fundada por Albert von Buxhoeveden, um bispo alemão que havia participado da Cruzada Livoniana e decidiu criar uma organização militar para continuar a luta contra os pagãos na região. A ordem era formada por cavaleiros alemães e estonianos, que viviam sob um conjunto de regras rígidas, baseadas nas tradições das ordens militares cristãs da época.

Ao longo dos séculos seguintes, a Ordem dos Cavaleiros da Espada enfrentou diversos conflitos, tanto com os povos bálticos pagãos como com outras ordens militares cristãs da região, como a Ordem dos Cavaleiros Teutônicos. Em 1237, a ordem se fundiu com a Ordem dos Irmãos Livônios da Espada, formando a Ordem dos Cavaleiros Teutônicos da Livônia.
A partir daí, a história da Ordem dos Cavaleiros da Espada se confunde com a da Ordem dos Cavaleiros Teutônicos, que se tornou uma das ordens militares cristãs mais poderosas da Europa durante a Idade Média. A Ordem dos Cavaleiros Teutônicos foi dissolvida em 1809, durante as Guerras Napoleônicas.
Atualmente, a Ordem dos Cavaleiros da Espada é lembrada como uma das principais ordens militares cristãs da Europa medieval e como um importante símbolo da expansão da cristandade na região báltica. Seus membros eram conhecidos por sua bravura e habilidades militares, bem como por sua devoção religiosa e pelos valores cristãos que defendiam.
Ordem dos Cavaleiros de São Jorge
Existem algumas ordens militares que adotaram o nome de "Ordem dos Cavaleiros de São Jorge" e que participaram das Cruzadas. A mais conhecida delas é a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge da Alfama (ou Alfamista), que foi uma ordem militar fundada em Portugal no século XII, durante as Cruzadas.
A Ordem dos Cavaleiros de São Jorge da Alfama foi fundada por D. Fuas Roupinho, um cavaleiro português que havia participado da Segunda Cruzada e que, segundo a lenda, teria lutado ao lado do rei português D. Afonso Henriques na Batalha de Ourique, em 1139. A ordem era dedicada a São Jorge, o santo padroeiro da cavalaria, e seus membros eram conhecidos por sua bravura e habilidades militares.

Embora a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge da Alfama tenha tido um papel importante na história de Portugal durante a Idade Média, sua existência foi breve e pouco documentada. A ordem foi extinta por volta do século XIII, e seus registros e símbolos foram perdidos ao longo dos anos.
Atualmente, algumas organizações afirmam serem herdeiras da Ordem dos Cavaleiros de São Jorge da Alfama, mas essas alegações são questionadas por historiadores. Ainda assim, a ordem é lembrada como um símbolo da bravura e do espírito de cavalaria que marcaram as Cruzadas e a história medieval da Europa.
Ordem dos Cavaleiros do Cristo (Portugal)
A Ordem de Cristo foi fundada em Portugal no século XIV, e não teve um papel direto nas Cruzadas. No entanto, a ordem teve ligações com as ordens militares que participaram das Cruzadas, e herda sua tradição e conhecimentos.
A Ordem de Cristo foi fundada em 1319 pelo rei Dinis I de Portugal, como uma ordem religiosa e militar com o objetivo de proteger os territórios portugueses e expandir o cristianismo. A ordem substituiu a Ordem dos Templários, que havia sido dissolvida em 1312 pelo Papa Clemente V.

A Ordem de Cristo teve um papel importante na expansão dos impérios português e espanhol durante os séculos XV e XVI. A ordem foi responsável por financiar várias expedições marítimas, incluindo as de Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral, que levaram à descoberta do caminho marítimo para a Índia e do Brasil, respectivamente.
Embora a Ordem de Cristo não tenha participado diretamente das Cruzadas, ela herdou a tradição e os conhecimentos das ordens militares que lutaram na Terra Santa. Além disso, vários membros da ordem participaram das guerras religiosas que ocorreram na Europa durante os séculos XV e XVI, lutando contra os mouros na Península Ibérica e contra os turcos no Mediterrâneo.
Ordem dos Cavaleiros de Nossa Senhora do Monte do Carmo
A Ordem dos Cavaleiros de Nossa Senhora do Monte do Carmo, também conhecida como Ordem do Carmo, foi uma ordem militar cristã fundada no século XII, na Palestina. Seus membros eram conhecidos como "carmelitas" e se dedicavam à proteção dos peregrinos cristãos que visitavam os lugares sagrados da Terra Santa.
A Ordem do Carmo foi fundada por um grupo de eremitas que vivia no Monte Carmelo, na Palestina, e que se dedicava à contemplação e à oração. No início, a ordem era composta apenas por monges, mas mais tarde passou a incluir também cavaleiros que juravam defender os peregrinos e combater os inimigos da fé cristã.
A ordem teve um papel importante na história das Cruzadas, participando de diversas batalhas e protegendo os peregrinos que visitavam a Terra Santa. No entanto, após a queda de Acre, em 1291, a ordem se transferiu para a Europa, onde continuou a desempenhar um papel importante na defesa da fé cristã.
Na Europa, a Ordem do Carmo se tornou uma ordem religiosa e militar, dedicada à proteção dos cristãos e ao combate aos infiéis. Seus membros eram conhecidos por sua bravura e habilidades militares, bem como por sua devoção religiosa e pelos valores cristãos que defendiam.
A Ordem dos Cavaleiros de Nossa Senhora do Monte do Carmo foi dissolvida no século XIX, juntamente com as outras ordens militares europeias, mas ainda é lembrada como uma das principais ordens militares cristãs da história, que desempenhou um papel importante na proteção da fé cristã e dos peregrinos que visitavam a Terra Santa durante as Cruzadas.
Ordem dos Cavaleiros do Espírito Santo
A Ordem dos Cavaleiros do Espírito Santo foi uma ordem militar e religiosa fundada em Portugal, em 1318, pelo rei Afonso IV. A ordem tinha como objetivo principal a defesa da fé cristã e a luta contra os inimigos da Igreja Católica.
Os membros da ordem eram escolhidos entre os nobres portugueses e, para ingressar na ordem, era necessário ser católico, ter uma conduta ilibada e possuir recursos financeiros suficientes para sustentar a vida de um cavaleiro. Os membros da ordem eram conhecidos como "cavaleiros do Espírito Santo".

A Ordem dos Cavaleiros do Espírito Santo teve um papel importante na história de Portugal, especialmente durante a época das grandes navegações, quando os seus membros acompanharam as expedições marítimas e estiveram presentes na conquista de novos territórios.
Com o passar do tempo, a ordem perdeu sua natureza militar e passou a ser uma ordem honorífica, concedida a pessoas que se destacaram em diversas áreas, como ciência, literatura, arte, entre outras.
Atualmente, a Ordem dos Cavaleiros do Espírito Santo é uma das mais altas condecorações de Portugal e é concedida pelo Presidente da República a personalidades que se destacaram em suas áreas de atuação, contribuindo para o bem da nação portuguesa.
Ordem dos Cavaleiros da Estrela (também conhecida como Ordem dos Cavaleiros da Estrela do Oriente)
A Ordem dos Cavaleiros da Estrela foi uma ordem militar e religiosa fundada no século XIII, em Portugal, durante a Reconquista cristã da Península Ibérica. A ordem era dedicada à luta contra os mouros, que haviam ocupado grande parte da Península Ibérica.
Os membros da ordem eram escolhidos entre a nobreza portuguesa e tinham como missão proteger os peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela, na Espanha, além de lutar contra os inimigos da fé cristã.
A Ordem dos Cavaleiros da Estrela tinha como símbolo uma estrela de cinco pontas, que representava a estrela de Belém, que segundo a tradição cristã guiou os Reis Magos até o local do nascimento de Jesus. A ordem também tinha como patrono São Tiago, padroeiro da Espanha.
A Ordem dos Cavaleiros da Estrela teve um papel importante na história de Portugal e da Península Ibérica, participando de diversas batalhas e combates durante a Reconquista cristã. Com o passar do tempo, a ordem foi perdendo sua natureza militar e tornou-se uma ordem honorífica, concedida a personalidades que se destacavam em diversas áreas.
Atualmente, a Ordem dos Cavaleiros da Estrela é uma condecoração portuguesa, concedida pelo Presidente da República a personalidades que tenham contribuído para a cultura, a ciência, as artes ou outros setores da sociedade portuguesa.
Ordem dos Cavaleiros de São Maurício e São Lázaro
A Ordem dos Cavaleiros de São Maurício e São Lázaro é uma ordem de cavalaria criada em 1572, na cidade de Turim, na Itália, pelo Duque de Saboia, Carlos Emanuel I. A ordem tinha como objetivo principal a defesa da fé católica e a promoção da caridade, tendo sido inicialmente estabelecida para honrar e recompensar aqueles que haviam se destacado por seus serviços à Igreja e ao Estado.
O nome da ordem se deve aos santos Maurício e Lázaro. São Maurício foi um comandante romano cristão que liderou uma legião de soldados cristãos e foi martirizado por se recusar a abandonar sua fé. São Lázaro, por sua vez, foi um leproso a quem Jesus curou milagrosamente, e que posteriormente se tornou bispo.
A Ordem dos Cavaleiros de São Maurício e São Lázaro era dividida em três classes: a classe de cavaleiros grandes-cruz, a classe de comendadores, e a classe de cavaleiros. A ordem também possuía uma capelania, responsável pelos aspectos religiosos da ordem.
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